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Legítima defesa no Tribunal do Júri: a tese salvadora em um caso real

  • Jéssica Amanda
  • 2 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

Imagine a seguinte situação: Uma mulher, vítima de violência doméstica há anos, finalmente decide se separar do marido. Ele, inconformado, a ameaça de morte. Em um dia, ele a encontra na rua e a ataca com uma faca. Ela, para se defender, o esfaqueia e o mata.


Diante desse caso, como a tese de legítima defesa pode ser utilizada pela advogada no Tribunal do Júri?

1. Elementos essenciais da legítima defesa:

  • Agressão atual e injusta: A agressão do marido era iminente e sem qualquer justificativa.

  • Iminência do perigo: A mulher não teve tempo de buscar ajuda de outras pessoas ou da polícia.

  • Necessidade da defesa: A mulher utilizou a força necessária para se defender, não havendo outra alternativa.

  • Falta de provocação: A mulher não provocou a agressão do marido.

  • Proporcionalidade da resposta: A resposta da mulher foi proporcional à agressão sofrida.


2. Argumentos da defesa:

  • Enfatizar o histórico de violência doméstica: A mulher era vítima de violência há anos, o que demonstra a real ameaça que o marido representava.

  • Demonstrar a iminência do perigo: A mulher foi atacada de forma inesperada e não teve tempo de se defender de outra forma.

  • Provar a necessidade da defesa: A mulher utilizou a força mínima necessária para se defender de um ataque mortal.

  • Destacar a falta de provocação: A mulher não fez nada que justificasse a agressão do marido.

  • Argumentar a proporcionalidade da resposta: A mulher agiu em legítima defesa, utilizando a força necessária para repelir a agressão.


3. Estratégias para o sucesso:

  • Apresentar provas contundentes: Laudos periciais, fotos, vídeos e testemunhas que comprovem a agressão e a legítima defesa.

  • Convidar especialistas: Psicólogos, médicos e especialistas em violência doméstica para explicar o contexto e as consequências da violência.

  • Utilizar recursos visuais: Imagens, vídeos e gráficos para ilustrar a situação e facilitar a compreensão dos jurados.

  • Oratória persuasiva: A advogada deve ser convincente e transmitir a emoção da situação para os jurados.


4. Jurisprudência favorável:

Existem diversos casos em que a tese de legítima defesa foi aplicada em situações semelhantes. A advogada deve pesquisar e apresentar esses casos aos jurados.


5. Sensibilização dos jurados:

A advogada deve humanizar a história da mulher e mostrar que ela agiu em legítima defesa para salvar sua vida.


Utilizando a tese de legítima defesa de forma eficaz, a advogada aumenta as chances de um resultado positivo para sua cliente no Tribunal do Júri.


Lembre-se: Cada caso é único e a estratégia de defesa deve ser elaborada de acordo com as particularidades do caso.

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